quarta-feira, 30 de março de 2016

Sobe para 73 o número de casos confirmados de microcefalia no Ceará


Sobe para 73 o número de casos confirmados de microcefalia no Ceará entre 2015 e 2016, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério da Saúde. Outros 240 são investigado. Na semana passada, foi confirmado pela 1ª vez um caso de microcefalia em um bebê vivo, em Fortaleza.

Os ocorrem nas cidades de Canindé, Crateús, Fortaleza, Iguatu, Ipaumirim, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Morrinhos, Piquet Carneiro, Russas, Tejuçuoca e Tururu. Dos 68 casos confirmados, 59 (86,8%) foram encerrados por critério clínico-radiológico e 9 (13,2%) tiveram diagnóstico laboratorial confirmado para vírus zika.

No Ceará, de outubro de 2015 a 18 de março de 2016, foram notificados 417 casos de microcefalia e alterações do sistema nervoso central (SNC). Destes, 68 (16,3%) foram confirmados, 100 (24%) foram descartados e 249 (59,7%) estão em investigação. Do total de notificados, 347 (83,2%) foram detectados no pós-parto e 70 (16,8%) durante a gestação.

Dos 68 casos confirmados, 59 (86,8%) foram encerrados por critério clínico-radiológico e 9 (13,2%) tiveram diagnóstico laboratorial confirmado para vírus zika.

Repercussão

O infectologista Roberto da Justa esclarece que, após o nascimento, o bebê não tem mais o vírus zika no corpo. "O vírus esteve durante o desenvolvimento fetal, mas após dias ou semanas, ainda no corpo da mãe, o virus é eliminado. A criança não transmite vírus pra ninguém. Ela fica com as sequelas da infecção durante a gravidez", explica.

"Uma parcela vai nascer com microcefalia, outra parcela não vai nascer. O dano cerebral às vezes é tão grave que acaba comprometendo funções vitais, principalmente respiração e capacidade de se alimentar", relata.

A microcefalia é uma condição que a repercussão na vida do recém-nascido vai depender do grau de dano cerebral causado pelo vírus e fatores associados, destaca o infectologista. "Existem casos mais leves, outros mais graves. Pode repercutir futuramente no desenvolvimento psicomotor, fala, aprendizagem, memória, locomoção". O infectologista acrescenta que o grau de autonomia vai depender, também, nos cuidados à criança, como o estímulo precoce, para atenuar o dano.

Fonte: Ceará News7

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