segunda-feira, 30 de maio de 2016

Fugas em massa e morte marcaram o fim de semana em delegacias, presídios e centros educacionais

Túnel descoberto no Presídio do Carrapicho, em Caucaia, pela Força Nacional de Segura

O fim de semana prolongado pelo feriado de Corpus Christi foi marcado por uma onda de fugas no Sistema Penitenciário, em delegacias de Polícia e nos Centros Educacionais destinados a adolescentes infratores. No balanço geral, mais de uma centena de presos conseguiu escapar dessas unidades. Além disso, vários túneis foram descobertos e um presidiário foi assassinado.

A primeira fuga ocorreu na madrugada de sábado último na carceragem da delegacia do 20º DP (Acaracuzinho), em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), onde 11 detentos escaparam dali depois de abrir as grades das celas e render o único policial civil que estava de plantão fazendo a guarda do prédio.

Em dois centros educacionais de Fortaleza houve fuga de adolescentes infratores. Pelo menos, 64 escaparam na noite de sábado no Centro Educacional Passaré. Não houve confronto com os educadores. A fuga em massa foi confirmada pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). No domingo, outros 10 também se evadiram no Centro Educacional Patativa do Assaré.

Já no Presídio do Carrapicho, em Caucaia, outros presos conseguiram escapar através de um túnel que só foi descoberto na manhã de domingo. O número exato de foragidos não foi divulgado pelas autoridades.

Túneis e mortes

A situação ficou tensa na Penitenciária Hélio Viana, em Pacatuba, unidade que abriga os presos considerados mais perigosos do Estado. Um dos internos foi assassinado na noite de domingo e seu corpo encontrado por volta das 22 horas na “Rua” H de uma das vivências. Tratava-se de um presidiário identificado como Jolinson, vulgo “Truta”.

Também ali foram encontrados dois túneis durante a noite do domingo e a direção não sabe, ainda, se ocorreram fugas. A Penitenciária de Pacatuba era, até então, a única unidade prisional da Grande Fortaleza que não havia registrado fugas e mortes desde o início das rebeliões simultâneas. Contudo, mesmo não havendo depredações nas celas, todos os detentos estão soltos na unidade, já que a Sejus teria permitido que não houvesse tranca.

Por FERNANDO RIBEIRO

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